Este filme não vale a pena 5 euros, ou 5 cêntimos, para o efeito.

Se a dupla Thurman / Travolta é o suficiente para chamar público, não chega para o entreter. Cheio de gags falhados, más actuações e um argumento nada apelativo, este filme consegue não ter ponta por onde se lhe pegue. Confesso que fui principalmente para rever a clássica cena da dança em Pulp Fiction entre John Travolta e Uma Thurman, mas, após 10 anos, a mística perdeu-se e a química que existia entre ambos também (diga-se que a banda sonora dos Black Eyed Peas também não ajuda em nada a cena).

A ideia central do filme consegue ter algum interesse, nomeadamente a crítica ao mundo da música e à influência da febre Hip Hop na cultura Américana, mas, nem isso funciona. Ás vezes a maneira mais fácil de fazer chegar uma piada nem sempre é a mais eficaz. e neste caso falta alguma inteligência a este argumento. Não acredita no seu público nem na perspicácia do mesmo. E, se o argumento não convence, os actores ainda menos. John Travolta está totalmente perdido a tentar encontrar o lado bom, e ao mesmo tempo duro, do seu personagem, Uma Thurman é um desperdício de talento numa prestação que não exige nada dela e pior ainda está a "Beyoncé-wannabe", Christina Milian. A esta actriz?/cantora? falta-lhe (para além, obviamente, de talento) presença.

O objectivo do seu personagem era destacar-se como um novo talento na música mas a falta de carácter de estrela da actriz não a permite impressionar ou convencer. As únicas prestações que ainda se salvam neste filme são as de Cedrid The Entertainer, que tem uma cena sublime antes de matar o chefe da esquadrilha russa, e The Rock que é uma agradável surpresa ao protagonizar os únicos momentos de humor do filme. Depois de filmes em que interpretava vilões ( A Múmia e a Múmia Regressa) a viragem na carreira de The Rock tem nota bastante positiva.

Be cool é uma comédia aborrecidamente incapaz de cumprir os seus objectivos.

A minha classificação é de: 3/10